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Dr. Bruno Mancinelli Mastologista

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Reposição Hormonal e risco de Câncer de Mama

Muitas mulheres me perguntam sobre os efeitos da Reposição Hormonal em relação ao risco de desenvolver câncer de mama. Reposição hormonal para tratar a menopausa dá câncer?

Em 2002 um grande trabalho chamado WHI EP trial evidenciou pela primeira vez de forma robusta o impacto negativo da Terapia Hormonal nas mamas, um risco relativo de 30% para o desenvolvimento de tumores malignos nesse órgão.

Após essa publicação muitas mulheres praticamente abandonaram seus tratamentos e voltaram a sentir todos os efeitos indesejáveis da menopausa.

Muitas críticas foram feitas a respeito da forma na qual o trabalho foi conduzido, muitos pesquisadores chegaram a dizer que o trabalho usou as pacientes erradas, as drogas erradas e por tempo excessivo.

Mas afinal o que significa risco relativo de 30%? Isso quer dizer que ao risco pessoal de desenvolver um câncer de mama é acrescido 30%, ou seja, se uma mulher de 50 anos tem o risco de 5% de aparecimento do câncer, com a reposição hormonal ela teria 6,5% de risco.

Basicamente para mulheres de baixo risco, sem história familiar, a terapia hormonal não confere um aumento importante do risco. O mesmo não se aplica a pacientes de alto risco.

Uma boa avaliação médica é fundamental na estratificação dos riscos e quando há indicação para o uso de hormônios deve-se usá-lo na menor dose eficaz e pelo menor tempo possível para controle dos sintomas.

Colesterol alto aumenta risco de câncer de mama

Novo estudo publicado no periódico Journal of The National Cancer Institute, mostra que mulheres com colesterol alto tem aumento da incidência de câncer de mama. Os pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, acompanharam mais de 4 000 mulheres e viram que as que tinham o LDL (o colesterol ruim) elevado, apresentavam um risco 25% maior de desenvolver tumores nas mamas.

As voluntárias foram acompanhadas durante dez anos. Do total, 279 delas foram diagnosticadas com tumores de mama invasivos. Os pesquisadores, então, colheram amostras de sangue para analisar o perfil lipídico de cada uma delas. Os resultados dos exames foram comparados com os obtidos por mulheres saudáveis, sem sinais de câncer. De acordo com o estudo, fica claro que os níveis elevados de LDL estão relacionados a um maior risco de câncer de câncer de mama. 

O colesterol está associado aos principais mecanismos de promoção do câncer, interferindo na proliferação celular, apoptose (morte celular programada) e proliferação de vasos sanguíneos para as células tumorais. 

Até hoje, o que estava comprovado era que os quilos em excesso aumentavam o risco do câncer de mama — não o colesterol. Portanto, os médicos têm de monitorar mais atentamente as mulheres com colesterol alto e histórico de câncer na família ou de lesões pré-malignas.

Estudos associam obesidade a 11 tipos de cânceres 


Fortes evidências apontam a associação entre a obesidade e 11 tipos de cânceres, que em sua maior parte compreendem tumores do trato digestivo e neoplasias relacionadas com os hormônios nas mulheres, de acordo com British Medical Journal.

A conclusão de revisões sistemáticas – de que o excesso de gordura corporal aumenta a incidência da maior parte das neoplasias do sistema digestivo, bem como do câncer de mama, câncer endometrial e câncer de ovário – vai ao encontro do relatório feito pela International Agency for Research on Cancer. 

Os números são claros, dizem os editorialistas: “A conclusão inevitável a partir destes dados é que a prevenção do excesso de peso no adulto pode reduzir o risco de câncer”.

O excesso de gordura corporal é potencialmente o segundo fator de risco de câncer modificável mais importante depois do tabagismo, apontam os autores. 

Acesse e confira o estudo na íntegra:

BMJ 2017; 356 doi: https://doi.org/10.1136/bmj.j477 (Published 28 February 2017)Cite this as: BMJ 2017;356:j477

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