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Dr. Bruno Mancinelli Mastologista

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Quimioterápicos e saúde intestinal

Tratamentos contra o câncer salvam vidas, mas eles também podem causar diversos efeitos colaterais, que incluem distúrbios gastrointestinais. Quimioterápicos, como a doxorrubicina, podem “devastar” as bactérias naturais do microbioma intestinal.

Pesquisadores da Universidade de Northwestern observaram que algumas bactérias intestinais podem proteger outras bactérias benéficas durante o tratamento de câncer. Ao metabolizar as drogas quimioterápicas, as bactérias protetoras parecem atenuar os efeitos colaterais do tratamento em curto e longo prazo.

Esta pesquisa pode levar ao desenvolvimento de novos suplementos dietéticos, probióticos ou terapias projetadas para ajudar a melhorar a saúde intestinal de pacientes com câncer.

Como as mudanças no microbioma relacionadas à quimioterapia estão ligadas a complicações tardias – incluindo obesidade e diabetes – descobrir novas estratégias para proteger o intestino é particularmente importante para favorecer uma longevidade sadia.

A pesquisa apontou um novo caminho promissor para proteger pacientes com câncer, mas, os cientistas ressaltam que as novas descobertas são iniciais e precisam de maior investigação futura para aplicação na prática clínica.

Referências:
• Blaustein RA, Seed PC, Hartmann EM. Biotransformation of doxorubicin promotes resilience in simplified intestinal microbial communities. mSphere, May 2021. 6:e00068-21. DOI: https://doi.org/10.1128/mSphere.00068-21.

• Zhong S, Zhou Z, Liang Y, Cheng X, Li Y, Teng W, Zhao M, Liu C, Guan M, Zhao C. Targeting strategies for chemotherapy-induced peripheral neuropathy: does gut microbiota play a role? Crit Rev Microbiol. 2019 Aug;45(4):369-393. doi: 10.1080/1040841X.2019.1608905.

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Colesterol alto aumenta risco de câncer de mama

Novo estudo publicado no periódico Journal of The National Cancer Institute, mostra que mulheres com colesterol alto tem aumento da incidência de câncer de mama. Os pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, acompanharam mais de 4 000 mulheres e viram que as que tinham o LDL (o colesterol ruim) elevado, apresentavam um risco 25% maior de desenvolver tumores nas mamas.

As voluntárias foram acompanhadas durante dez anos. Do total, 279 delas foram diagnosticadas com tumores de mama invasivos. Os pesquisadores, então, colheram amostras de sangue para analisar o perfil lipídico de cada uma delas. Os resultados dos exames foram comparados com os obtidos por mulheres saudáveis, sem sinais de câncer. De acordo com o estudo, fica claro que os níveis elevados de LDL estão relacionados a um maior risco de câncer de câncer de mama. 

O colesterol está associado aos principais mecanismos de promoção do câncer, interferindo na proliferação celular, apoptose (morte celular programada) e proliferação de vasos sanguíneos para as células tumorais. 

Até hoje, o que estava comprovado era que os quilos em excesso aumentavam o risco do câncer de mama — não o colesterol. Portanto, os médicos têm de monitorar mais atentamente as mulheres com colesterol alto e histórico de câncer na família ou de lesões pré-malignas.

Estudos associam obesidade a 11 tipos de cânceres 


Fortes evidências apontam a associação entre a obesidade e 11 tipos de cânceres, que em sua maior parte compreendem tumores do trato digestivo e neoplasias relacionadas com os hormônios nas mulheres, de acordo com British Medical Journal.

A conclusão de revisões sistemáticas – de que o excesso de gordura corporal aumenta a incidência da maior parte das neoplasias do sistema digestivo, bem como do câncer de mama, câncer endometrial e câncer de ovário – vai ao encontro do relatório feito pela International Agency for Research on Cancer. 

Os números são claros, dizem os editorialistas: “A conclusão inevitável a partir destes dados é que a prevenção do excesso de peso no adulto pode reduzir o risco de câncer”.

O excesso de gordura corporal é potencialmente o segundo fator de risco de câncer modificável mais importante depois do tabagismo, apontam os autores. 

Acesse e confira o estudo na íntegra:

BMJ 2017; 356 doi: https://doi.org/10.1136/bmj.j477 (Published 28 February 2017)Cite this as: BMJ 2017;356:j477

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