Todos os homens possuem tecido mamário desde o nascimento, porém, devido à falta de determinados hormônios, a mama masculina não se desenvolve. A ginecomastia se caracteriza pelo aumento do tecido mamário no sexo masculino. Por ser uma condição benigna não há risco de malignização, entretanto, pode afetar bastante a autoestima e, em alguns casos, levar a sintomas dolorosos. Sua incidência é relativamente comum e costuma-se observar principalmente em adolescentes ou nos idosos.

Esta condição pode ser normal e transitória em recém-nascidos e nos indivíduos do sexo masculino que estão entrando na puberdade, portanto, não necessitando de tratamento.

Doenças crônicas, medicações, condições genéticas e até drogas (maconha ou anabolizantes, por exemplo) podem ser responsáveis pelo desenvolvimento da ginecomastia. Um dos mecanismos envolvidos seria o desequilíbrio entre os níveis de estrogênio e testosterona circulantes.

Com o aumento da obesidade infanto-puberal ocorrido nas últimas décadas, cada vez mais jovens vêm ao consultório queixando-se de aumento do volume das mamas. Nessas situações, o diagnóstico diferencial deve ser feito entre ginecomastia verdadeira e lipomastia, que é o acúmulo de gordura na região peitoral.

Durante a investigação diagnóstica, o médico deve sempre procurar identificar a causa do aparecimento desta condição, pois em certas situações, a exemplo de medicações, álcool ou drogas, a ginecomastia pode regredir apenas com a troca de remédios ou interrupção do uso de substâncias nocivas.

A ginecomastia é facilmente identificada ao exame clínico, pode ser uni ou bilateral e medir entre um e dez centímetros. Apesar disso, muitas vezes o médico poderá solicitar exames complementares para descobrir a causa. Dosagens hormonais, ultrassom das mamas e da bolsa escrotal, mamografia e um cariótipo estão na lista dos possíveis exames.

Em pacientes com mais idade, o câncer de mama, embora raro em homens, é um possível diagnóstico diferencial e, por isso, deve ser prontamente afastado pelo mastologista e, nessa situação, a biópsia é o exame mais indicado.

Existem duas abordagens para o tratamento da ginecomastia, a depender do tamanho e do tempo de doença. Nos casos de lipomastia, o acúmulo de gordura da região pode regredir consideravelmente com o combate à obesidade e ao sobrepeso, além da prática de atividades físicas. Quando a ginecomastia tem pouco tempo de surgimento, o tratamento medicamentoso é uma estratégia eficaz. Já o tratamento cirúrgico é indicado nos casos de ginecomastia volumosa, que não respondeu ao tratamento clínico ou em pacientes que, mesmo com a perda de peso, sentem-se desconfortáveis com o volume mamário.

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